segunda-feira, 26 de maio de 2008

Procurar... (de mim para mim)

Sabe, ultimamente minha vida tem se resumido a buscas, pequenas, grandes e eternas buscas. Acredite isso não é crise de identidade, nem muito menos uma busca sobre mim mesma, mesmo que algumas dessas buscas (ou parte delas) tenham sido e serão feitas dentro de mim não exatamente sobre mim.
Primeiro você faz a pergunta, se alguém te responder, ótimo, se não responderem, a busca começa. E é exatamente sobre isso que escrevo hoje. Como minha vida é cheia de perguntas, obviamente é cheia de buscas, menos buscas que perguntas, mas mais buscas que respostas. Isso é a vida, a vida é assim, simples.

Talvez uma das maiores buscas seja para descobrir o que você está procurando. É isso mesmo, uma busca sobre uma busca. E a pergunta vem: "O que eu preciso? O que falta na minha vida?" E então você sabe que tem que procurar o que falta sem necessariamente saber o que você procura e paralelamente a isso você inicia uma outra busca, uma busca em você, nos seus sentimentos, na sua mente, para montar o quebra-cabeça que diz o que realmente você precisa. Isso pode ser uma busca rápida, curta, de facil resposta, facil objetivo, mas também pode ser a busca da sua vida.
Você então sai a procura de algo que não sabe, algo que está tentando descobrir atravez de si mesmo, algo inconsciente, profundo. Você não sabe exatamente o que procura, mas guarda a certeza de que quando achar vai saber o que é. Estranho, se você não sabe o que procura, como irá saber que é o que você procura quando o encontrar? Talvez a busca sobre o que você realmente quer tenha acabado, resta você se convencer que ela acabou e aceitar o que você quer.
Isso é um mistério pra mim, se é uma coisa que realmente quer, porque não assumiu isso para si antes? Orgulho? Medo? Não sei. Mas sei que pelo que observo, eu não estou sozinha quanto a esse pequeno dilema.

O que mais me intriga é que nossos pensamentos nos dizem exatamente o que queremos, mas nos confundem e muito. Como pensar e sentir sem se atrapalhar? Ou melhor: como procurar sem se atrapalhar com seus próprios pensamentos e sentimentos?
Eu acredito que tenha achado uma das respostas sobre o que procuro dentro de mim, mas uma pontada de orgulho e acredito que um pouco de medo também não me deixam partir para a busca fora de mim assim tão rapidamente e de forma pratica (como costumo ser). Não começar a busca com medo de achar? Ou talvez, não começar a busca com medo de nunca achar?
Mesmo assim ainda temos um pequeno dilema imbecil, mas capaz de atrapalhar o mundo inteiro. Algo da minha veia cientifica me diz para nunca trabalhar com hipóteses, apenas com dados reais e apurados, amostras, medidas com o máximo de precisão. Mas como podemos adaptar precisão nas decisões cotidianas? Não se pode, se pode fazer escolhas, infinitas escolhas. A vida acontece antes da medição dela, não se mede antes dela acontecer, não se mede nenhum experimento antes dele acontecer. E diferentemente de experimentos, se não der certo, você não pode repetir a vida.
A questão é que nenhuma escolha é simples, o que importa é saber que a sua escolha é a menos errada ou a única correta e ter fé. Ter fé que, no meu caso, a busca não será encerrada antes de encontrar o que eu quero por mais complexo, raro e não usual que seja. Eu sei que vou achar, não por meus méritos, mas pela minha fé em algo muito maior que eu.

Iremos achar o que procuramos? Iremos entender o que procuramos? Somos dignos de achar? Você descobriu o que procura?

2 comentários:

Anônimo disse...

Quem nunca se sentiu assim? Essa busca sem fim, é como andar num corredor sem saída. Mas, eu tenho meus pés no chão, coloco minhas mãos onde alcanço. Bjos Renatinha

Danda disse...

Nossa, que texto genial! *-*

chego a ficar sem ação pra comentar! tão bom que estou digerindo vagarosamente..rs..

sabe, você resumiu nesse texto muitos dos meus conceitos e pensamentos sobre a vida, sobre as buscas e respostas. Sobre esse "não sei o quê" que todos procuram, essa coisa sem nome, sem endereço de resposta, essa coisa essêncial, porém desconhecida. A busca (a meu ver eterna), sobre o que se é, em relação a tudo, ao todo e a si mesmo.

É estranho quando por dentro sabemos o que procuramos, e isso entra em choque com o exterior. Essas coisas me deixam maluca!

aiai
nossa, muito bom mesmo, ainda estou absorvendo as idéias! ahaha

;**